domingo, 23 de junho de 2013

Tomei meu suco vagarosamente... Há muito tempo aprendi sobre a importância de mastigar bem os alimentos. Lembro-me muito bem a primeira vez que minha nutricionista me disse: 'mastigue a sopa'.

Como assim? Mastigar a sopa? Claro, claro... não é mastigar no mesmo sentido que você mastiga o churrasco - adoro churrasco -, mas tem de mastigar sim, porque a digestão do alimento começa não só com a trituração dos alimentos mas também com a mistura da saliva com a comida.... hum... aí eu entendi.

E ela continuou: 'quanto menor o alimento e mais bem misturado com a saliva, melhor será a digestão... e, se a senhora comer devagar, também terá menos tendência a engordar, vai apreciar melhor os alimentos... ah! e jamais, jamais mesmo coma enquanto está assistindo TV ou falando ao telefone' (acho que ela sabe que fico horas em frente à TV e as horas que sobram falando ao telefone).

Claro que a última orientação desobedeço sempre... porque ninguém é de ferro e também porque algumas regras podem... devem, na verdade, ser quebradas.

Enquanto tomava meu suco com um conta-gotas (brincadeirinha...), lembrei da primeira vez que peguei um telefone pra falar com alguém... não lembro quem era...

O telefone tocou, eu estava sozinha em casa e fui obrigada a atender.

'Alô! Quem fala!?'
"Alô... quem fala, por favor?'
"Eu perguntei primeiro', falei toda nervosa... e a pessoa, acho que entendeu que era uma total ignorante em matéria de atender o telefone... então se identificou e perguntou se minha filha estava em casa...
'Por que você quer saber?', perguntei...(meu Deus que tansa)
'Preciso falar com ela'...

Aí eu não aguentei mais meu nervosismo e comecei a rir, rir... que não acaba mais. E a pessoa do outro lado simplesmente desligou...

Nunca contei pra ninguém isso. Mas o problema é que morro de vergonha de falar em público... e foi isso que aconteceu... não, não só isso. Eu também esqueci - esqueci, não... eu não sabia que tinha de colocar o telefone de volta no gancho - deixei o fone do lado do telefone até à noite, quando meu marido chegou, viu e perguntou o que o fone estava fazendo fora do gancho...

E eu com a maior cara de surpresa...ah! acho que deixei aí quando fui limpar o aparelho... (porque eu passava álcool nele duas ou três vezes por dia, pra matar as milhares de bactérias).

Por falar em álcool, depois descobri que o álcool que eu usava só deixava as bactérias muito doidas... ou que elas se faziam de mortas...

Enfim, graças a Deus ninguém morreu lá em casa por usar o telefone cheio de bactérias doidinhas da silva ou fazendo de conta que estavam mortas....

E terminei meu maravilhoso suco.... O movimento de carros na avenida agora está mais intenso... vejo também várias pessoas andando ou correndo na beira-mar. Um barquinho lá longe... próximo das pequenas ilhas....

E o céu se fez azul outra vez... nenhuma nuvem... não há vento... não ouço canto dos pássaros. O único barulho mesmo é o da civilização: carros e ônibus passando, a minha vizinha do andar de baixo passando o aspirador, uma britadeira no prédio que estão construindo na quadra ao lado da minha, a música tocando no radinho da minha secretária - não gosto dessa música que ela ouve... já pensei em dar um aparelhinho com fones de ouvido pra ela... acho que vou dar no próximo Natal - e um helicóptero circulando bem sobre a minha cabeça...

Daqui a pouco vou comer uma maçã - outro hábito diário...





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